segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Dezembro de 2010

De todas as profecias e julgamentos forçados que proferimos enquanto estivemos juntos algumas me marcaram mais fundo. Você nem deve se lembrar, do jeito que eu te conheço duvido que você se lembre de mim inclusive, a gente tinha se conhecido a pouco tempo e estávamos numa viagem esquisita, a gente começou a se estranhar de repente, quase não conversava, bebia mais do que o normal, fumava cada vez mais... Eu como sempre, me isolava com meu violão e minhas idéias amargas: Não tinha saco pros seus excessos, mesmo os amorosos; a verdade é que você sempre me assombrou, num sentido bem amplo da palavra, mesmo depois desse bocado de tempo, mesmo conscientemente não te amando mais.
Então a gente saiu pra caminhar na praia e tentar se encontrar de novo, a noite era bonita, a praia também, o diálogo andava como se nunca tivesse existido e a gente não se encostava que pareciam meses; eu forçava a barra, e lá pelas tantas você me olhou como se fosse minha irmã mais velha, sorriu sarcástica e disse "3 anos, é... em 3 aninhos você vai estar no ponto".

Se amadurecer é reconhecer mais as suas próprias fraquezas, talvez eu tenha aprendido alguma coisa me agarrando de referência em referência, depois de você qualquer coisa que queime tá valendo, mesmo que depois tudo vire cinza. No fim das contas a tal "pessoa melhor" continua na mesma... talvez até pior. Eu entre paredes de concreto analisando algum compositor morto a mais de um século, você no sertão do Piauí analisando merda de macaco-prego. Iguais.

Chegamos ao tal ponto. Cadê você com as suas conclusões?

2 comentários:

Lady Salieri disse...

To meia hora com esse blog aberto, tentando responder à pergunta, o que talvez, seja uma resposta...

Antônio Sozinho disse...

Acho que não tem nada muito definido...