quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ins...

Curiosidade. Não, não era só isso... Era tesão isso aí, um tesão perverso em olhar pra mim num risco de verão qualquer pelos meses em que eu desfilei toda aprumada pra você e mordia o lábio sentindo a sua perversão me escorrer como chocolate quente pelo corpo. Você me arrancava a roupa com os olhos, cheio de perigo, eu gostava de ser a presa e me empinava pra agradar toda a vez, as pernas nuas na saia curta se alisando bem devagar pra você não perceber... e nas noites vazias alimentar esse perigo é um dos meus passatempos prediletos, aí tomo banho e me cubro de perfume, aliso o cabelo como se fosse você me pegando de jeito e começo a te praticar, provocar, esse esporte cheio de dedos e fluídos mas que teima pra acabar, seu tiro sempre me pega de raspão.

domingo, 17 de outubro de 2010

Na verdade o que eu queria da vida mesmo era morrer de amor em qualquer esquina...

Será que é pedir muito?!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Brilho fosco

À Belle, sempre bonita quando me lembro.


Segurei no meio-fio, era quase meio-dia, meio que me ardiam pensamentos indigestos de uma terça-feira em falta.
O minhocão desabou na minha frente, pra dentro da minha garganta, pelos olhos eu vomitei toda a poluição que eu via pela janela, pela janela eu me via curto.
Procurava no desespero um abraço qualquer, qualquer um, anônimo que me impedisse encarar essa transitoriedade de frente, minha garganta não suporta o concreto ainda assim as estações passam diante dos meus olhos vítreos: Não é permitido chorar no submundo.
É a vida, esse estrangulamento. Lento.
E esse nó? O seu encantamento precoce, me rasgou em metades

"As pessoas não morrem, ficam encantadas"
-G. Rosa

domingo, 3 de outubro de 2010

Liberdade na Tailândia

Lápis contra o papel e alguns milhares de pixels.
A ordem de digestão vem mais tarde.
Escrevo e me embriago.
Porque sou covarde.