domingo, 5 de julho de 2009

La mer (Muro)

tardes em que o sol boceja e se espreguiça um tanto lento. o dia não diferencia de um veludo sutil. lilás granulado. noite, essa imaginação.um muro de concreto denso imenso mundo em tom de vermelho-crepúsculo.o muro é movimento vida. dimensão.catarse dura reta. curva reflexiva loo onga. curvas.cheias.rios de cores variantes infinitas correm urbanas pelos fios de alta tensão acima das casas tevês espelhos. a cidade versa histérica na melodia do tráfego constante amorfo. metrópole dentro de metrópole dentro de metrópole. fim de tarde. sol morre mais tóxico, essa imprecisão.



e aí você é o que você quiser.



http://www.flickr.com/photos/notmagenta/3618458666/

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desencontrários

" Mandei a palavra rimar,
ela não me obedeceu.
Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa.
Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa.

Mandei a frase sonhar,
e ela foi num labirinto.
Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército,
para conquistar um império extinto."

Leminski