sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Contrapartido

O sambista atravessa em contrapartido
Contra o congestionamento da tarde que cai
Sobre a sua cabeça um céu comprimido
Entre os prédios tingidos de asfalto ele vai

Desce uma dose de fogo em qualquer esquina
Imagina outro tempo que não conheceu
Seu partido sofrido perdeu pra rotina
Ele resta se rindo das brigas com Deus

Gesticula um silêncio pretendendo um grito
Sente tanta saudade mas custa a chorar
Seu lamento não passa de uns poucos minutos
Em que o samba é a partida prum outro lugar

(...)
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Não acabei, mas é meu e vira música...

2 comentários:

Sr. Reticente disse...

Continue então...

Me lembrou Chico Buarque, não sei exatamente porque!

Bom feriadão!

Anônimo disse...

!!
queromais