domingo, 29 de agosto de 2010

Já tá de manhã.

'There must be something in the way I feel
That she don't want me... to feel'

Estive surdo às consonâncias do vento, sorrindo paralelo branco e preto, os
olhos perdidos num horizonte que passou; quando acordei com você ainda do
meu lado deu vontade de fugir pra bem longe. preguejar contra a corrente.
voltar mais velho espalhando pra mim mesmo o quanto os meus problemas
morreram de velhos, aduncaria o nariz e reafirmaria estar profundamente
consciente de meus muitos defeitos sorrindo cínico pra escapar a dor.

Tudo isso e me apaixonar de novo, tudo pacientemente igual, você
como um sol no inverno. eu uma cabeça mais alto, ridículo, de nada adiantaram
os anos as conquistas isoladas, me finjo o que for preciso. só não me exija
nadar contra a fragilidade em que você me acontece, que paixão dói pra
calejar. paixão parada cria casca, minhas noites são puras consequências, me
escapo e não controlo os olhos na direção do teto, o tempo que me passa em
expirações
[Te estraño] tento te agarrar gentilmente em lembranças, mas me
escapa
de novo por entre
pulsos.
Terna Tenuta, como eu te quero L(l)aura, graciosa e simples.

Mas hoje é sábado e eu não faço sentido, não encaixo meus universos nesses
silêncios ["Eu gosto é dos que ardem"] e a cidade tem andado quente.
Me dê a mão vamos sair pra ver o sol que hoje a noite vai fazer.

"Ali tão certo e justo e só te sendo
Absinto-me de ti mas sempre vivo
Meus olhos te movendo sem te abrir"

Nenhum comentário: