quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Acordei, a saudade soava como um samba do Nelson Cavaquinho tocada no trompete do Louis Armstrong com os acordes e silêncios do último movimento do Quator pour la fin du temps.

No ônibus, a saudade na boca do estômago, roncava. abafada. nauseante.

Comi saudade com arroz e frango no almoço. As nuvens contra o sol. E levei-a com a preguiça pro resto da tarde. Uma valsa de Tchaikovsky lá longe num radinho de pilha passando na rua.

Era um riacho raso no pôr do sol, uma roupa laranja desbotada pelo tempo.

Um vento gelado direto na cara. noite, nada respondia ou ecoava. "I saw a film today, oh boy..."

Madrugada virada. Não era saudade, era Blues.

Um comentário:

Camila P. disse...

o bom e velho blues.... ;)