segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

De barro

Houve uma primeira vez
Em que eu era descrença
E você religião
Desmistificada
Consumida na porrada
Às noites claras rechaçadas

Eu não acreditava
(E como eu queria!)
Me chapava no seu corpo,
Maria das tristes gozadas
Que por fim me converteu
Com seus olhos de ressaca

Hoje tomo café forte
Pra fingir que me esqueci
Que fiz voto de pecado
Na saliva que bebi

4 comentários:

paula. disse...

doce.

Amora disse...

é, o café tem que ser forte.

Unknown disse...

e num é que num saiu mais daqui, digo, do blog.

Sr. Reticente disse...

Que lindo!