domingo, 16 de maio de 2010

Ruínas

Até o céu congestionou
Nem resto de estrela
Nem sombra de calma
Nada mais se lembra...

A noite se insilencia
A rua é um fardo
Caminhamos, comprimidos
Refletimos uns contra os outros
[somos muitos...]

E pelos cantos, encardidos
Um gosto da derrota
Restos do que não foi
Resto em distâncias.

3 comentários:

Ana Estaregui disse...

A rua é um fardo...

as manhãs e madrugadas são um fardo.

Kika disse...

Duro e lindo.

Autora escondida disse...

Poesia concreta pra quem sente o duro das palavras...

Lindo!