quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

No cordão da saideira(ou Quarta-feira ingrata)


Torrencial.
A Ladeira da Misericórdia envergando entre Deus e o Diabo pisando forte em nossa gente
E a fúria carnavalesca chovia fervendo por cima dos paralelepípedos amontoados em consgestionamento próprio. A cidade freva samba canta até onde não haja pulmões ou garganta. A cidade ri sangrenta pra espantar o fim do mundo [pra transpassar a madrugada quente].
Quando os músculos e os joelhos já não aguentam resta a cachaça, quando não basta amor, o riso débil; na falta de sol, o mormaço faz suar; quando o bloco acaba, é a madrugada revirando a cama e quando chega a quarta-feira, as calçadas vazias de igrejas estateladas ao sol que morre.
Carnaval.
Já não somos carentes de nada que a rua não possa nos dar de bom grado pra passar na cara e na nuca. pra beijar promiscuamente beber a grandes goles de fogo nesse batismo reverso dionísio cão.
A cidade canta
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A multidão.

2 comentários:

felipelesage disse...

compositor

Anônimo disse...

sempre bom passar aqui...